Quem sente a necessidade de contar com um bom canivete, independentemente do motivo, costuma se deparar com um verdadeiro dilema: qual escolher, dentre as dezenas de modelos que existem? Pois é! Comprar um canivete é fácil, basta fazer o pagamento.
Porém, comprar o mais adequado requer um investimento que vai muito além do âmbito financeiro: é preciso conhecer e saber diferenciar as características principais desse tipo de equipamento para poder tomar a decisão correta.
Por isso, neste conteúdo vamos abordar todos aspectos que tornam determinado tipo de canivete mais apropriado do que outros, dependendo da situação. Seguindo os parâmetros que você está prestes a conhecer no seu processo de escolha, as chances de acertar na hora de comprar seu canivete são enormes. Vamos lá!
O que considerar ao comprar um canivete
1. Finalidade
A maioria dos colecionadores provavelmente terá interesse em adquirir um canivete de cada tipo e raramente os colocarão em uso. Mas em todos os outros casos, a primeira pergunta que precisa ser respondida é: por que eu preciso de um canivete? Essa, sem dúvida, é a etapa mais importante do processo de escolha, já que as características de cada tipo de canivete variam bastante de acordo com as suas finalidades. Veja algumas delas!
- Quem precisa de um canivete para realizar tarefas simples no ambiente doméstico deve dar preferência para um multifuncional, com diversos outros recursos além da lâmina.
- Para fazer trabalhos artesanais, em que a precisão do corte é essencial, um canivete clássico é o mais recomendado.
- Se a preocupação for segurança, os canivetes para defesa pessoal são confeccionados para garantir um saque rápido e grande capacidade de perfuração.
- Quem pratica esportes de aventura, como camping e montanhismo, precisa de um canivete com lâmina robusta, que não precise ser afiada constantemente e que suporte grandes impactos.
- Existem também os canivetes específicos para quem desempenha atividades de resgate, equipados com funcionalidades como quebra-vidros e cortador de cinto.
Deu para perceber que, apesar de se enquadrarem na categoria “canivete”, são produtos bastante diferentes entre si. E esse grande leque de finalidades também nos leva a abordar um outro aspecto muito importante.
Sem exagero, um canivete de segunda categoria pode significar a diferença entre a vida e a morte no confronto com um agressor, quando se está longe da civilização ou durante um resgate. Por isso, dependendo da atividade que se pretende desempenhar, negligenciar a qualidade é uma alternativa extremamente arriscada.
2. Lâminas
Os canivetes podem contar com uma série de recursos, mas um sempre está necessariamente presente: a lâmina. Afinal, o conceito de canivete é justamente o de uma lâmina retrátil. Entretanto, o desenho das lâminas (ou seja, seus formatos laterais) varia bastante e também acaba se tornando um ponto relevante na escolha do canivete. Confira os principais tipos de lâminas logo abaixo.
- Normal: tem fio somente de um lado, com curvatura na extremidade próxima à ponta — o lado cego é reto, permitindo o emprego de força com a outra mão sem o risco de se ferir.
- Clip point: diferencia-se do normal por ter um recorte (clip) em seu dorso, aumentando a capacidade de perfuração sem prejudicar as outras funções da lâmina.
- Drop point: apresenta uma curvatura convexa na extremidade do dorso que também proporciona maior poder de perfuração em comparação com o desenho normal.
- Needle point: é uma lâmina simétrica, com fio em ambos os lados, adequada para defesa pessoal.
- Tanto: o fio se une ao dorso por meio de uma linha reta, formando duas pontas capazes de perfurar e, ao mesmo tempo, suportar grandes impactos.
3. Aberturas
A grande vantagem dos canivetes em relação às facas é o fato de serem discretos e fáceis de serem carregados. Entretanto, é preciso primeiro ocorrer a abertura da lâmina para que isso aconteça. Existem vários tipos de aberturas, alguns mais rápidos e que exigem menos habilidade manual do que outros.
- Manual: é o método mais simples, que consiste em puxar a lâmina com o dedo para que ela se abra (muitas vezes com o auxílio da unha).
- Assistida: existe uma alavanca (flipper) na tala do canivete que, quando movimentada, aciona a mola responsável por abrir a lâmina.
- Automática: basta acionar um botão para a lâmina ser liberada com o auxílio de uma mola. É um dos sistemas de abertura que requer menos destreza manual.
- Frontal: trata-se de um tipo de abertura automática na qual a lâmina não faz um movimento de rotação, mas é lançada para frente de dentro da tala do canivete.
- Wave: os canivetes com esse tipo de trava são portados no bolso da calça, onde a trava deve ficar presa. Ao ser sacado, a lâmina se abre instantaneamente, motivo pelo qual é muito comum em canivetes de defesa pessoal.
4. Travas
Evitar que a lâmina se feche acidentalmente sobre os dedos de quem manuseia o canivete é uma preocupação constante dos designers desse equipamento. Por isso, quase todos canivetes são equipados com algum tipo de trava que impede a retração da lâmina no momento indesejado. Existem vários sistemas de trava, mas alguns são os mais comuns.
- Liner Lock: consiste em uma peça (Liner) localizada dentro da tala do canivete que entra automaticamente embaixo da lâmina quando ela se abre. Para fechar o canivete é preciso deslocar o Liner lateralmente.
- Frame Lock: mesmo sistema do Liner Lock, porém ainda mais simples, já que uma parte da própria tala funciona como trava.
- AutoLawks: quando o canivete é aberto, entra em ação uma segunda trava, denominada Lawks, que impede a movimentação acidental do Liner.
- Lock Back: a trava também entra sob a lâmina no momento da abertura, mas o destravamento acontece de maneira mais simples, mediante a pressão do Liner por meio de um recorte na parte de trás da tala.
- Slip Joint: em verdade, não se trata de uma trava, mas de um mecanismo de molas que oferece resistência aos movimentos de abertura e fechamento. Está presente na maioria dos canivetes clássicos.
São muitos os detalhes que precisam ser observados antes de comprar um canivete. Mas agora você já tem em mãos todos os dados necessários para não sair dessa experiência frustrado.
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