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Confira os principais tipos de machado usados ao longo dos séculos!

abril 23, 2019
Tempo de leitura 7 min

Há milênios os machados têm papel fundamental entre os instrumentos que acompanham o cotidiano da humanidade. Esse fenômeno se deve a motivo simples: desde os primórdios, há uma série de tarefas muito fáceis de se realizar com o auxílio de um machado, mas cuja execução se tornaria um verdadeiro martírio sem ele.

Assim, ao longo dos séculos, o homem desenvolveu diferentes tipos de machado, de acordo com o avanço da tecnologia e o surgimento de novas necessidades, embora todos, até hoje, partam da mesma premissa de funcionamento.

Por se tratar de um utensílio que contribuiu tremendamente para a evolução do homem, não somente como ferramenta, mas também como arma, vale a pena conhecer mais a fundo a história dos machados, as finalidades para as quais foram e continuam sendo utilizados, bem como os diferentes tipos de machados que já foram criados.

A evolução dos tipos de machado ao longo do tempo

Idade da Pedra

O primeiro machado do qual se tem notícia foi o utilizado pelo Homo ergaster, hominídeo que viveu entre 1,9 milhão e 1,4 milhão de anos atrás no sul do continente africano. Sem capacidade para elaborar ferramentas mais complexas, o Homo ergaster afiava pedras robustas para formar uma ponta em uma de suas extremidades que servia para fracionar galhos de madeira e alimento, principalmente.

Tratava-se de um machado de mão, já que não tinha nenhum tipo de cabo. Ele continuou sendo utilizado por diversos outros hominídeos, assumindo formatos diferentes para a realização de uma variedade de tarefas, até chegar às mãos do Homo sapiens, que realizou a principal modificação no design dos machados.

Não é possível precisar exatamente quando isso ocorreu, mas nossos ancestrais descobriram que, ao prender a cabeça do machado em um cabo com auxílio de cordas, a força do impacto provocado pelos seus golpes era significativamente maior. Com esse novo design, praticamente o mesmo dos dias atuais, a inércia do movimento e a gravidade tornaram o machado uma ferramenta muito mais poderosa e versátil.

Com ele, passou a ser possível derrubar árvores, colher frutos em galhos altos, esfolar a peles para se proteger do frio, se defender de inimigos e animais selvagens, entre muitas outras coisas. Ao se tornar um objeto tão importante no dia a dia, vários povos passaram a usar os machados como símbolo de status e poder, bem como um dos principais instrumentos em rituais religiosos.

Idade dos Metais

A metalurgia começou a se difundir em diferentes épocas, conforme a região do planeta. Povos que habitavam locais próximos a minas de cobre e estanho naturalmente foram mais favorecidos por esse avanço tecnológico.

Na Europa, a chamada Idade do Bronze ocorreu entre 3.200 e 600 a.C., quando ferramentas e armas passaram a ser forjadas em metal, o que trazia ao menos três grandes vantagens:

  • eram mais resistentes e leves do que as fabricadas em pedra;
  • podiam ter praticamente qualquer forma; e
  • podiam ser produzidas em massa a partir de formas pré-moldadas.

Portanto, nada mais de fixar a cabeça do machado com cordas ou de perder dias perfurando pedras para transpassar o cabo. Os machados forjados em metal já eram fabricados com o furo do tamanho ideal para serem encaixados em cabos, que eram mais ou menos compridos dependendo da destinação pretendida.

Com o advento do metal, os machados se tornaram uma das principais armas de combate corpo a corpo de diversos povos europeus, especialmente os Celtas. Mas a maior revolução tecnológica na confecção dos machados ocorreu quando o homem passou usar o ferro como principal matéria-prima.

Além de suas jazidas serem abundantes em várias regiões, trata-se de um metal muito mais resistente do que o cobre e o estanho. E, com a adição de carbono à liga metálica, surgiram os primeiros tipos de aço, propiciando uma vida útil muito maior para os machados, bem como menor necessidade de manutenção.

Idade Média

A idade Média certamente foi um dos períodos mais violentos da humanidade, com intermináveis disputas por território, invasões bárbaras e um verdadeiro festival de execuções. Nesse contexto tão sangrento, os machados ganharam grande destaque no acervo bélico de praticamente todos os povos europeus.

Nessa época surgiram os machados de batalha, confeccionados especialmente para o combate, mas cujas características variavam. Os Vikings, por exemplo, desenvolveram um machado de cabo longo e lâmina afiada, que proporcionava a execução de golpes a uma distância relativamente segura e provocava ferimentos graves nos inimigos.

Já os Francos inovaram ao criar um machado de arremesso extremamente eficaz, denominado Francisca. Ele era empregado no início dos confrontos, a uma distância que variava entre 10 e 20 metros, no intuito de fragilizar o adversário antes do combate corporal.

Uma das principais formas de execução na Idade Média foi a decapitação, sendo o machado o instrumento mais utilizado pelos carrascos. Machados de execução tinham cabo longo, cabeça relativamente estreita, lâmina curvada e afiada. Não raro, parentes dos condenados pagavam aos carrascos para que ele afiasse muito bem o seu machado a fim de garantir uma morte rápida.

Os machados nos dias atuais

Com o advento das armas de fogo, a importância dos machados no contexto bélico foi diminuindo gradualmente. A partir do século XIX os machados passaram a ser utilizados quase que exclusivamente como ferramenta, sobretudo por lenhadores e agricultores.

Há várias décadas, contudo, as grandes madeireiras fazem uso de serras elétricas para cortar árvores. Isso restringiu o uso de machados como instrumento de trabalho no âmbito rural aos proprietários de pequenas fazendas e sítios. A partir do século XX, principalmente, o machado se tornou instrumento de trabalho essencial para bombeiros e socorristas, que muitas vezes precisam derrubar portas ou outros obstáculos para ter acesso à pessoa em perigo.

Os machados também se tornaram protagonistas de uma modalidade esportiva que tem ganhado muitos adeptos ultimamente. No arremesso de machado, o competidor se posiciona a cerca de 6 metros de distância do alvo e executa o lançamento visando acertar o centro. Ao final de uma série de cinco arremessos, soma-se o total de pontos obtidos, que variam conforme a região do alvo atingida.

Além disso, os machados também passaram a fazer parte do equipamento dos praticantes de esportes de aventura, como camping, trekking e alpinismo. Afinal, boa parte das necessidades e adversidades que nossos ancestrais enfrentavam há milênios continua fazendo parte dos desafios a serem superados por quem hoje se propõe a ficar longe da civilização por sua conta e risco.

As machadinhas táticas despontam como um dos itens mais úteis dentre os que integram a lista de equipamentos portados pelo aventureiros. Elas são leves, compactas e oferecem uma série de recursos que não podem ser desprezados por quem pratica grande parte dos esportes radicais.

Com elas é possível cortar madeira para construir abrigo ou fazer fogueiras, abrir caminho na mata fechada, se defender de animais, abrir frutos e separar alimentos, entre muitas outras tarefas. Portanto, os machados foram, são e muito provavelmente continuarão sendo fiéis companheiros do homem enquanto habitarmos esse planeta.

Basta pesquisar entre os diferentes tipos de machado disponíveis no mercado para encontrar um modelo que atenda às suas necessidades e torne o seu cotidiano mais simples. Não se esqueça, contudo, de avaliar qual a lâmina ideal para a atividade que pretende desempenhar, pois esse detalhe terá grande influência no sucesso da sua escolha. Veja o post no blog e até a próxima!

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3 Comentários

  • Responder Giacomo julho 22, 2019 at 2:15 pm

    materia muito legal, porém assim como outras aqui do portal faltam fotos para a ilustração.

    • Responder Crosster agosto 12, 2019 at 5:55 pm

      Olá Giacomo!

      Agradecemos o feedback! Repassamos o seu comentário para o setor responsável.

      Atenciosamente,
      Equipe Crosster

  • Responder O Bushcraft e a reconexão com a natureza - Parte 2 - Blog - Crosster, sempre preparado dezembro 16, 2021 at 5:14 pm

    […] para com aquilo que fazemos enquanto estivermos lá. Ou seja, não é porque temos um facão ou machado que nós devemos sair cortando plantas e vegetação indiscriminadamente. Já vi ditos praticantes […]

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