Objetos cortantes fazem parte do cotidiano do homem há milênios. Existem muitas atividades e tarefas essenciais que foram desempenhadas pelos nossos antepassados com o auxílio desses objetos.
Desde a defesa contra animais selvagens e inimigos à preparação dos alimentos e o corte de galhos e troncos. Para cada atividade, o homem criou tipos de lâminas e ferramentas de corte diferentes, fabricadas com design e materiais diversos.
Portanto, por mais bem forjada e afiada que seja determinada lâmina, ela vai desempenhar satisfatoriamente apenas as funções para as quais foi originalmente concebida. Afinal, barbear-se com um machado, por exemplo, certamente não trará bons resultados.
Por isso, é fundamental conhecer as características das ferramentas de corte. Neste post vamos aprender a diferenciá-las a fim de assegurar a utilização adequada de cada uma delas.
Os principais tipos de ferramentas de corte
1. Faca
É o primeiro objeto cortante que vem à nossa mente. Existe uma enorme variedade de lâminas que equipam as facas, que podem ter finalidades distintas.
Há facas próprias para desossar animais, para o preparo de pratos da culinária japonesa, para defesa pessoal, para descascar frutas e legumes, para realizar trabalhos manuais e de decoração, entre muitas outras tarefas.
A rigor, uma faca para atividades outdoor tem as seguintes partes: fio, lâmina, sangria, protetor, punho e encaixe do olhal.
Além disso, você deve considerar basicamente três características que tornam determinadas lâminas de facas mais apropriadas do que outras para a realização de certas atividades: o desenho, o fio e a matéria-prima com a qual é produzida.
2. Canivete
Os canivetes têm lâminas dobráveis ou retráteis, por isso geralmente são mais compactos e discretos. Porém, assim como as facas, podem ser apropriados para diferentes finalidades, como a defesa pessoal. Além disso, têm várias formas de abertura da lâmina, e algumas exigem destreza e conhecimento por parte de quem empunha o canivete.
3. Facão
Ao contrário das facas e canivetes, o facão não pode ser utilizado em um leque de atividades muito amplo. Sua lâmina comprida tem composição robusta e é ideal para suportar golpes pesados sem sofrer danos.
Trata-se de um equipamento indispensável para expedições, como trilhas e camping. Também é bastante utilizado em tarefas relacionadas à agricultura, como o corte de cana-de-açúcar, a remoção de galhos e a colheita de frutas.
Uma dica é sempre se certificar de que o cabo esteja firme no manuseio e guardar o facão afiado e limpo dentro da bainha depois do uso.
4. Espada
A espada foi durante séculos a principal arma de guerra empregada pelo homem. Pode ser usada tanto para cortar e/ou perfurar (dependendo do tipo) e assumiu diferentes formatos ao longo do tempo e da região. Tome como exemplo a katana, espada japonesa cujo desenho da lâmina não pode ser comparado a nenhum outro no mundo.
Muitas espadas de cavaleiros da Idade Média tinham peso e dimensões que exigiam o uso das duas mãos, visando atingir o adversário com o fio da lâmina. Outras, mais leves e finas, típicas da prática de esgrima, tinham o objetivo de perfurar o oponente. A partir da Primeira Grande Guerra Mundial as espadas perderam relevância como armas de combate. Hoje são itens de decoração ou de colecionadores.
5. Punhal
Há registros de utilização do punhal como instrumento de defesa pessoal e de combate corpo a corpo desde o terceiro milênio A.C.
Sua lâmina curta tem uma ponta afiada, com grande capacidade de perfuração. Geralmente tem fio em ambos os lados, com desenho simétrico. A guarda, que protege a mão, também é um traço característico desse equipamento.
O punhal foi muito usado em rituais de sacrifício por povos antigos e foi a arma de um dos crimes mais famosos na história: o assassinato de Júlio César. A propósito, tem um simbolismo dúbio na cultura geral, pois ao mesmo tempo em que é utilizado na insígnia de forças militares, também é associado à traição.
6. Adaga
A adaga nada mais é do que um punhal com lâmina maior. Tornou-se muito popular durante a Idade Média, quando era empunhada nos duelos para defender os golpes de espada do adversário. Existem adagas que também podem ser utilizadas como arma de arremesso e ter uma das extremidades transversais serrilhada. Atualmente existem até adagas de soco.
7. Machado
Como se sabe, a finalidade principal do machado é o corte de madeira. Seu design foi concebido para tornar essa tarefa menos árdua, já que utiliza a gravidade a seu favor. Uma cunha de metal com uma das extremidades afiada é fixada a um cabo de madeira. O peso da cunha, aliado à força de quem maneja o machado, produz o impacto necessário para realizar o corte.
Não confunda o machado com a machadinha, que é menor e utilizada com apenas uma mão. Entretanto, ambos devem ser pegos na ponta do cabo de madeira, nunca no meio. Isso garante mais balanço sem a necessidade de muita força para realizar o golpe.
O machado também já foi muito utilizado como arma de combate, principalmente durante as invasões bárbaras, bem como por carrascos em execuções. Hoje, além de continuar sendo empregada para cortar lenha, também é ferramenta de bombeiros que precisam derrubar portas trancadas ou outros obstáculos para ter acesso às pessoas que precisam de socorro.
8. Navalha
A exemplo dos canivetes, a navalha geralmente também apresenta uma lâmina dobrável. Mas ela se destina exclusivamente à realização de cortes precisos graças ao seu fio côncavo, escavado dos dois lados. O benefício da precisão vem acompanhado de dois encargos: a manutenção constante da lâmina, que precisa ser afiada regularmente, e o cuidado redobrado no manuseio da navalha, cuja lâmina pode se danificar gravemente em caso de impactos fortes.
As navalhas surgiram no Egito Antigo para serem utilizadas como uma arma favorecida pelo fator surpresa. Também teve presença constante na realização de sangrias, por conta da precisão de seu corte. A partir do século XVII passaram a ser mais utilizadas para fazer a barba.
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